6ª Aula Prática de TFCOMP-II

Comecem por criar e guardar em disco um Notebook com o nome TFC6_grupo.nb, onde 'grupo' é o nome do vosso grupo de trabalho. Neste Notebook criem uma célula de título identificando os elementos constituintes do grupo (nome, número e contactos).
Inicialização
[Graphics:Images/Pratica6_gr_1.gif]
[Graphics:Images/Pratica6_gr_2.gif]


Problema 1

Considere uma roda de raio [Graphics:Images/Pratica6_gr_3.gif] e velocidade [Graphics:Images/Pratica6_gr_4.gif] que roda sem deslizar num movimento linear e uniforme . Deduza as expressões para a velocidade [Graphics:Images/Pratica6_gr_5.gif] e aceleração [Graphics:Images/Pratica6_gr_6.gif] de qualquer ponto da roda, quando visto do referencial do chão. Faça gráficos usando [Graphics:Images/Pratica6_gr_7.gif] mostrando uma distribuição destes vectores em todas as zonas da roda.

Solução 1

Inicialização

A posição dos pontos da roda é muito convenientemente indicada por [Graphics:Images/Pratica6_gr_14.gif], com [Graphics:Images/Pratica6_gr_15.gif] e  [Graphics:Images/Pratica6_gr_16.gif] vectores polares ligados ao centro da roda. No caso de movimento uniforme, sem deslizamento, com velocidade [Graphics:Images/Pratica6_gr_17.gif] relativa ao chão, a posição do centro é dada por [Graphics:Images/Pratica6_gr_18.gif]. Assim, o vector posição em qualquer instante dum ponto da roda é, no referencial do chão,  [Graphics:Images/Pratica6_gr_19.gif]. A velocidade e aceleração desse ponto determinam-se como sempre calculando [Graphics:Images/Pratica6_gr_20.gif] e [Graphics:Images/Pratica6_gr_21.gif], tendo em conta que para um ponto fixo da roda [Graphics:Images/Pratica6_gr_22.gif], e se esta rola com velocidade angular constante [Graphics:Images/Pratica6_gr_23.gif] então [Graphics:Images/Pratica6_gr_24.gif].

[Graphics:Images/Pratica6_gr_25.gif]
[Graphics:Images/Pratica6_gr_26.gif]
[Graphics:Images/Pratica6_gr_27.gif]
[Graphics:Images/Pratica6_gr_28.gif]
[Graphics:Images/Pratica6_gr_29.gif]
[Graphics:Images/Pratica6_gr_30.gif]
[Graphics:Images/Pratica6_gr_31.gif]
[Graphics:Images/Pratica6_gr_32.gif]
[Graphics:Images/Pratica6_gr_33.gif]

Podemos agora integrar as equações de movimento para um ponto genérico [Graphics:Images/Pratica6_gr_34.gif] da roda, usando [Graphics:Images/Pratica6_gr_35.gif]. Depois de obter a função temporal [Graphics:Images/Pratica6_gr_36.gif], as suas derivadas explícitas em ordem a [Graphics:Images/Pratica6_gr_37.gif] determinam [Graphics:Images/Pratica6_gr_38.gif] e [Graphics:Images/Pratica6_gr_39.gif] em cada [Graphics:Images/Pratica6_gr_40.gif].

[Graphics:Images/Pratica6_gr_41.gif]
[Graphics:Images/Pratica6_gr_42.gif]
[Graphics:Images/Pratica6_gr_43.gif]
[Graphics:Images/Pratica6_gr_44.gif]
[Graphics:Images/Pratica6_gr_45.gif]
[Graphics:Images/Pratica6_gr_46.gif]

No seguinte gráfico, estão representadas as trajectórias (ciclóides) dos pontos da roda inicialmente sobre a vertical do ponto de contacto no chão. As respectivas velocidades (a cores) e acelerações (a preto) mostram que a aceleração é sempre radial no caso do movimento uniforme.

[Graphics:Images/Pratica6_gr_49.gif]

Uma 'fotografia' da roda daria uma imagem instantânea das velocidades e acelerações da seguinte forma:

[Graphics:Images/Pratica6_gr_53.gif]


Problema 2

Defina uma função [Graphics:Images/Pratica6_gr_54.gif] para obter listas de valores de soluções aproximadas de equações diferenciais ordinárias.

Note que uma equação diferencial de 1ª ordem [Graphics:Images/Pratica6_gr_55.gif]de facto pode ser entendida como um campo de direcções, representado pelo versor [Graphics:Images/Pratica6_gr_56.gif]

Construa uma representação do campo em que as linhas de campo sejam usadas para origem dos vectores, i.e. a lista de pontos obtida por uma sequência de condições iniciais [Graphics:Images/Pratica6_gr_57.gif] suficientemente grande para cobrir a área a representar.

Considere a seguinte equação diferencial: [Graphics:Images/Pratica6_gr_58.gif]. Utilize a função [Graphics:Images/Pratica6_gr_59.gif] para estudar as suas soluções para vários [Graphics:Images/Pratica6_gr_60.gif] na vizinhança de [Graphics:Images/Pratica6_gr_61.gif].  Faça um gráfico usando [Graphics:Images/Pratica6_gr_62.gif] e [Graphics:Images/Pratica6_gr_63.gif] em que seja visível o comportamento assimptótico das várias soluções. Verifique que para [Graphics:Images/Pratica6_gr_64.gif] suficientemente grande o método de Euler falha, obtendo-se um comportamento aparentemente caótico dos pontos calculados. Mostre que existe um passo [Graphics:Images/Pratica6_gr_65.gif] suficientemente pequeno para que [Graphics:Images/Pratica6_gr_66.gif] volte a funcionar, dando soluções perfeitamente regulares.

Solução

[Graphics:Images/Pratica6_gr_67.gif]
[Graphics:Images/Pratica6_gr_68.gif]

O método de Euler melhorado seria:

Exemplo:

[Graphics:Images/Pratica6_gr_74.gif]
[Graphics:Images/Pratica6_gr_75.gif]

[Graphics:Images/Pratica6_gr_76.gif]

Instabilidade numérica cria um aparente mecanismo de duplicação de período conducente a um movimento caótico, mas esse comportamento é um artifício resultante da falta de precisão do método de integração numérica: a diminuição do passo [Graphics:Images/Pratica6_gr_77.gif] resolve essa situação dentro do intervalo de tempo considerado.

[Graphics:Images/Pratica6_gr_78.gif]
[Graphics:Images/Pratica6_gr_79.gif]

[Graphics:Images/Pratica6_gr_80.gif]

[Graphics:Images/Pratica6_gr_81.gif]
[Graphics:Images/Pratica6_gr_82.gif]

[Graphics:Images/Pratica6_gr_83.gif]


Problema 3

Mostre que a expansão da solução exacta [Graphics:Images/Pratica6_gr_84.gif] duma equação diferencial [Graphics:Images/Pratica6_gr_85.gif] até à ordem [Graphics:Images/Pratica6_gr_86.gif] em [Graphics:Images/Pratica6_gr_87.gif] na vizinhança de [Graphics:Images/Pratica6_gr_88.gif] coincide com um passo do método de Euler melhorado a menos de termos de ordem [Graphics:Images/Pratica6_gr_89.gif]. Mostre que as mesmas expansões levadas  até à ordem [Graphics:Images/Pratica6_gr_90.gif] validam o método de Runge-Kutta de ordem 4.


Problema 4

Construa um operador genérico [Graphics:Images/Pratica6_gr_91.gif]  que, dada uma função lagrangeana [Graphics:Images/Pratica6_gr_92.gif] de coordenadas generalizadas [Graphics:Images/Pratica6_gr_93.gif] e respectivas velocidades [Graphics:Images/Pratica6_gr_94.gif], deduza explícitamente as equações de Lagrange

                                                     [Graphics:Images/Pratica6_gr_95.gif]      

onde [Graphics:Images/Pratica6_gr_96.gif]representam forças generalizadas.   Aplique-o para deduzir equações de movimento para o pêndulo de Atwood, consistindo em duas massas [Graphics:Images/Pratica6_gr_97.gif] e [Graphics:Images/Pratica6_gr_98.gif], ligadas por um fio inextensível passando livremente por um curto tubo horizontal fixo. A massa [Graphics:Images/Pratica6_gr_99.gif] está inicialmente em equílibrio, enquanto [Graphics:Images/Pratica6_gr_100.gif] tem uma condição inicial diferente do equilíbrio. Integre numéricamente as equações e represente gráficamente o movimento do pêndulo.

Solução

[Graphics:Images/Pratica6_gr_101.gif]
[Graphics:Images/Pratica6_gr_102.gif]

O lagrangeano deste pêndulo, com a restrição de movimentos planos da massa [Graphics:Images/Pratica6_gr_103.gif] e movimentos verticais na massa [Graphics:Images/Pratica6_gr_104.gif], é função de coordenadas generalizadas  [Graphics:Images/Pratica6_gr_105.gif] e suas velocidades [Graphics:Images/Pratica6_gr_106.gif].

[Graphics:Images/Pratica6_gr_107.gif]

As respectivas equações de Euler-Lagrange  [Graphics:Images/Pratica6_gr_108.gif] fornecem as equações de movimento

[Graphics:Images/Pratica6_gr_109.gif]
[Graphics:Images/Pratica6_gr_110.gif] [Graphics:Images/Pratica6_gr_111.gif]

A função [Graphics:Images/Pratica6_gr_112.gif] gera soluções numéricas destas equações a partir de [Graphics:Images/Pratica6_gr_113.gif] para um pêndulo cujo comprimento inicial do lado de [Graphics:Images/Pratica6_gr_114.gif] é [Graphics:Images/Pratica6_gr_115.gif].

[Graphics:Images/Pratica6_gr_116.gif]
[Graphics:Images/Pratica6_gr_117.gif]

[Graphics:Images/Pratica6_gr_118.gif]

[Graphics:Images/Pratica6_gr_119.gif]

[Graphics:Images/Pratica6_gr_120.gif]

[Graphics:Images/Pratica6_gr_121.gif]

[Graphics:Images/Pratica6_gr_122.gif]

[Graphics:Images/Pratica6_gr_123.gif]

[Graphics:Images/Pratica6_gr_124.gif]

[Graphics:Images/Pratica6_gr_125.gif]

[Graphics:Images/Pratica6_gr_126.gif]

[Graphics:Images/Pratica6_gr_127.gif]

[Graphics:Images/Pratica6_gr_128.gif]

[Graphics:Images/Pratica6_gr_129.gif]

[Graphics:Images/Pratica6_gr_130.gif]

[Graphics:Images/Pratica6_gr_131.gif]

[Graphics:Images/Pratica6_gr_132.gif]

[Graphics:Images/Pratica6_gr_133.gif]

[Graphics:Images/Pratica6_gr_134.gif]

[Graphics:Images/Pratica6_gr_142.gif]


Converted by Mathematica      June 8, 2001