Vectores, versores e cosenos directores
Num modelo cartesiano, cada ponto do espaço físico pode ser descrito por três números reais a partir do momento que se escolheu um ponto origem e três planos ortogonais de referência passando por : os números representam então as distâncias de aos planos mútuamente ortogonais . No modelo cartesiano o teorema de Pitágoras é válido e o quadrado da diagonal de um rectângulo é igual à soma dos quadrados dos seus lados, e o mesmo se passa com um paralelipípedo recto, pelo que a distância de à origem é .
A cada par de pontos podemos associar um vector pertencente a um espaço vectorial V, de forma que o espaço cartesiano seja um espaço afim onde e, para qualquer V e , se tenha .
Uma vez escolhido o sistema de referência , podemos definir as direcções ortogonais aos planos de referência como uma base de vectores de V. Cada vector de V pode agora ser associado a um ponto por forma que , escrevendo-se então (daí o isomorfismo de V com como espaço vectorial). Conversamente, cada par de pontos define um vector , que por sua vez está também associado ao ponto , mas existe uma infinidade de outros pares de pontos que definem o mesmo vector .
A magnitude, módulo ou norma de um vector V fica definida como a distância de à origem . Assim, se escrevermos , teremos .
O versor de é o vector de magnitude (ou módulo) unidade, , paralelo a (mesma direcção e sentido) e portanto .
Os cosenos directores de são as componentes do versor de .
Soma de vectores e produto dum vector por um número λ
A soma de vectores é comutativa, i.e. , o que significa que o trajecto termina no mesmo ponto que o trajecto , portanto .
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© Amaro Rica da Silva, Prof. Dep. Física-IST with Mathematica (September 20, 2005) |